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segunda-feira, 10 de julho de 2023

O Pequeno Charlie




  


O pequeno Charlie mudou-se  ao lar onde  cresceu e onde tem vivido seu silencioso amor pelos humanos.
Um pequeno ser comovente e carinhoso, que forçando as minhas resistências ganhou-me o coração.
Como é forte a humildade de quem nada pede além de um 
pouco de carinho e atenção!
 Como é poderoso e indelével este sentimento de entrega, de confiança e de espera .Acho que o Todo Poderoso
 os criou para personalizar justamente este amor que nada pede e tudo dá!
Para mostrar quanto é feito de egoísmo e exigências o amor que conhecem os chamados seres racionais!
Um ser indefeso em meio ao tumulto das cidades, vivendo sem a alegria da liberdade,dependente do nosso afeto,da nossa compreensão de suas necessidades sem que nada possa pronunciar,nem mesmo chorar,muito menos sorrir mas que traz no olhar um amor tão grande, um afeto tão desmedido que se faz entender como se falar soubesse!

Charlie é seu nome.Este pequeno ser ,milagre da natureza ,igual a tantos como ele que vieram para ensinar com todas as letras o que é ser amoroso,humilde,carinhoso.
Para que mais eles existem,senão para oferecer a sua devoção e lealdade àquele que dele cuida,alimenta,leva a passear!
Quando encontra seus irmãos ,presos a uma coleira,num passeio limitado à quadra onde vivem,sem a amplidão dos campos,proibidos de correr nas areias do mar,mal se podem tocar!
E mesmo assim ,de volta à casa seu olhar é gratidão.Deitam-se aos pés do dono e o protegem,beijam-lhe os pés e aguardam até o novo passeio,presos e indefesos.Quanto devemos a
estes filhos de nosso Pai ! Quantas lições de entrega e afeto podemos observar...
Assim é o Charlie que ganhou meu coração!


Assim é o Charlie que ganhou  meu coração!


sexta-feira, 27 de julho de 2012

A VIAGEM

            Foi pura adrenalina como se diz hoje, viajar de trem pela primeira vez!
Pra mim, trem era uma coisa qualquer que se perdia pela casa, ou na qual se esbarrava por não ter sido devidamente guardada. Os “trem” de cama que precisavam ser trocados, os “trem” que ficaram esquecidos no quintal. Lembro ainda da mãe perguntando à Lalinha: - onde você colocou os “trem” do tio Zé, criatura?”.
Foi, portanto, com o maior espanto que recebi a notícia de que iriamos viajar numa daquelas coisas que se chamava, em casa, de trem.
Pra mim, trem era tudo aquilo cujo nome fugia da memória da gente.
 Eu já vira uma figura de trem, mas os “trem” lá de casa eram mais concretos. Tudo era “trem”. Trem pra lá, trem pra cá. E geralmente, aqueles ”trens” viviam perdidos como que se escondendo das faxinas da Lalinha que se encarregava de ajudar a mãe.
Mas, não me importava em que trem sairia montada pra viajar pelo mundo afora. O importante é que ia viajar- palavra mágica esta – viajar, viagem!
Chegado o dia marcado para a aventura a ansiedade não me deixou dormir. Afinal estava avisada de que sairíamos ainda com a lua no céu gelado da serra pra pegar o trem lá pras bandas de serra abaixo. Até lá, eu caraminholava, com certeza iríamos montados num “trem” qualquer.
Visualizava-me, bem como ao pai e à mãe, voando naquela mala velha lá do sótão que estava sempre sendo chutada por alguém que prometia dar fim àquele “trem”. Será?
Ou quem sabe, empoleirados em cima de um tapete igual aquele tapete mágico do Alladin?
 Enfim, é chegada a hora de partir. A madrugada tornava tudo ainda mais misterioso. A cidade deserta. Na rua, nem cachorro aparecia pra enfrentar a geada caindo. Como me diziam, caindo lá de cima do pólo norte, onde morava o Papai –Noel.
 Metidos em mil agasalhos enfrentamos a geada que se condensava no para-brisa do carro de aluguel que o pai contratara para levar-nos serra abaixo.
Serra abaixo! Então iríamos rolando, rolando até cair dentro de outro “trem”.?
O carro velho do seu Mário não parecia nada com o que minhas fantasias criaram. Era apenas um carro. E uma vez dentro dele, sem maiores novidades, dormi o sono dos anjos travessos, no regaço da minha mãe. O que não me impediu de sonhar que era uma linda bola colorida rolando serra abaixo até entrar numa coisa que nem em sonhos eu saberia definir.
Havíamos chegado á cidade onde a gente ia ficar hospedado num hotel.
Puxa, que viagem!
Eu nunca havia estado num hotel. Quando as aulas retornassem iria ter o que contar...
Instalados afinal, descemos para o jantar. Tudo muito legal. Algumas pessoas desconhecidas. Nenhuma criança. Que pena! Teria que fazer minhas explorações sozinha.
Na sala de estar havia uma cadeira de balanço e foi nela que encontrei uma forma de brincar. Percebi que a cadeira se movia pela sala se a balançasse com força. Que brincadeira genial. Passear de cadeira pelo salão do hotel!
 E foi assim que me distanciei um pouco da mãe e do pai que olhavam algumas revistas espalhadas por ali. Aquilo sim era um “trem”  de cadeira legal.Tinha os pés em arco o que a fazia deslizar pela sala .
Foi então que, de repente a luz apagou. Na escuridão total um grito vindo do andar de cima me fez  ficar arrepiada..
 As sombras desenhadas nas paredes tornaram tudo muito mais assustador.  Abandonei a brincadeira e a coragem. Tateando, buscava mãe e pai. Distraira-me passeando de cadeira. E agora, onde estariam?
Imaginação turbinada pelo medo me via perdida e sozinha num abismo sem fim.
Afinal, encontrei a mão cuidadosa da mãe e agarrei-me nela como um náufrago na tábua de salvação! A coragem confundiu-se com a escuridão.
Logo apareceram os donos do hotel com velas acesas e distribuíram algumas entre os hóspedes. Naquela época não havia lâmpadas de emergência numa cidadezinha feito aquela.
Do andar de cima novamente o grito congelou os movimentos de todos. Estariam matando alguém? Um fantasma teria aparecido?
Estórias escabrosas contadas ao pé do fogo arderam na minha memória acelerando-me o coração. O que estaria acontecendo?
Logo passos despencaram dos degraus e gritos de pega ladrão atingiram ouvidos mais alertas que o normal.
 Agarrada às saias da minha mãe senti as orelhas crescerem como as dos elefantes do livro que a professora mandara ler naquela semana. Que vontade de estar em casa, debaixo dos cobertores onde ninguém conseguiria me encontrar.
 Viajar não era tão fácil como pensara.
 Então da mesma forma como fugira, a luz voltou! Danada de luz travessa. Garanto que sabia o que ia acontecer, pensei!
Agora, passado o susto ela voltava toda amarela. Podia ficar lá na rua, agora a gente já vai dormir mesmo!
Fui acordada por um apito longo e muito alto que me deixou meio atordoada E a mãe sacudindo meu braço parecia muito excitada com a grande aventura que estava prestes a se iniciar.
Havia uma neblina úmida e muito fria na estação. Meus olhos cresceram de curiosidade. Afinal, a visão do trem. Lá estava ele.
 O trem de verdade! Era imenso e vermelho. Puxado por uma locomotiva a carvão. Respirava tenso soltando fumaça como a Lalinha quando saía de manhã pra comprar o pão nas manhãs geladas da serra...
Esfregando os olhos o espanto escapuliu e foi parar naquela coisa tão esperada. Então aquilo é que era o trem!
Entendi porque a mãe chamava a tudo de “trem” principalmente quando eu deixava brinquedos espalhados pela casa.
- “Delia! Vai guardar estes teus “trem” antes que derrubem a gente!
Era lindo! Igual ao desenho do livro que ganhara da tia Carola no aniversário. Até a fumaça que saía lá da frente, como se alguém estivesse fazendo o fogo pela manhã.
Aquilo devia estar sempre no caminho de alguém. Grande daquele jeito! Uma coisa sem fim!
Agarrada à mão do pai subi o primeiro degrau daquela coisa que respirava impaciente para sair.. Parecia um cavalo bufando de pressa.
Eu me sentia como se estivesse embarcando para a lua, como os personagens de Monteiro Lobato na “Viagem ao Céu”!
Um novo e excitante apito !Muita gente se abraçando e correndo para a viagem!
Dentro do trem, estudando o ambiente meus olhos corriam numa observação acelerada. É preciso estar atento pra ver como as coisas vão acontecer. Olhava tudo e todos com uma concentração total, para crer que não estava sonhando novamente.
 Na verdade, fazendo planos pra depois do susto de estar, afinal, dentro de um trem!

De repente, um apito mais longo e como que gemendo, aquela coisa vermelha foi saindo do lugar com muita má vontade até que conformada iniciou uma marcha ritmada.

Acertadas as coisas, todos em seus lugares, inclusive o trem que ia sempre em frente cantando. Já era possível arriscar um passo fora do banco em direção ao corredor.

Agora sim, que fantástica viagem se poderia fazer!Ali se podia viajar caminhando e até correndo se quisesse.

Lá fora, a paisagem disputava corrida com a gente Mas, não tinha jeito. Ia ficando pra trás com tudo que estava dentro dela – casas, cachorros, árvores, pessoas, animais. Tudo passava, ia ficando longe. E eu dentro do trem, corria pra lá e pra cá porque não queria perder nada daquela fantástica viagem.

Minha primeira viagem! Minha primeira noite num hotel. E o trem, aquela coisa que corria sempre em frente, respirando cansado, bufando como o cavalo do tio Zé, deixando tudo pra trás.

 Comecei a aprender que viver e viajar era muito parecido. Ir sempre em frente e ver as coisas ficando pra trás!Até o espanto das coisas inesperadas.

Jamais esqueci minha primeira viagem de trem!     


Yedda Goulart

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Fadinha Triste

Se ela existe? Sim ,existem muitas por aí .São como pequenas e indefesas menininhas ou pequenos garotos lutando pra aprender!

Por que são tristes?Ninguém sabe,mas se adivinha!
Basta prestar atenção ao seu olhar,à ansiedade de seus movimentos,ao silencioso pedido de carinho!

Como se dissessem - olhem estou aqui, não sei por que me acusam, me condenam a  humilhação de não me sentir amada - amado!

 De ser tratado com desprezo,de me sentir acuado pelo medo de ouvir de novo tantas ofensas que não mereço.Apelidos que não entendo .De sentir que a qualquer momento podem bater em mim.As palavras também ferem...

Assim a conheci...A fadinha desta história!Ela se agarrava a mim, falava descontroladamente, precisava falar...

Talvez não tivesse mais a oportunidade de tentar o carinho da visita que ainda não a conhecia e que antes de presenciar a sua carência de afeto,ao seu descontrole de ansiedade também lhe dirigisse um olhar distraído de indiferença...

- Oi fadinha , olha só.Também eu a rotulei: Você é  a fadinha triste desta história.Tal qual muitas outras e outros por aí!
Mas não fique triste porque tudo isso há de  passar! Não dizem por aí que não há males que sempre durem? A tristeza vai embora  e o amor há de sorrir!

A felicidade nos espera,às vezes, logo ali, repentinamente, inesperadamente!
De  dentro de você um poder maior lhe fará compreender que os que hoje a fazem sofrer  só o fazem por que não sabem o mal que lhe causam!

Você ainda há de ser a  fada da alegria.E sua vida será plena de amor e de beleza!
Esta é a minha profecia,meu presente pra você! Meu desejo maior levado ao anjo que lhe guarda!

Sorria e perdoe! Tranquilize seu coração!
Este é o seu poder!A sua vara de condão!


sábado, 3 de setembro de 2011

Pequenas histórias de amor

Como um príncipe,um cometa,um raio de sol ele surgiu.
Loiro,expressivos olhos azuis,um sorriso sempre pronto a iluminar seu rostinho de anjo.
Não me canso de observar seu olhar de entendimento e de atenção quando se fala com ele,ou quando algo lhe chama a atenção.

A emoção envolve a gente , como uma rajada de vento perfumado.Como se pétalas de flores rodopiassem ao nosso redor quando se mergulha neste olhar.
Creio que a vivência nos torna mais à borda dos apaixonantes acontecimentos que permeiam a caminhada do ser humano,os processos da vida, a presença da infinitude,da espiritualidade que vive e vibra em toda parte.

Além disto, uma profunda gratidão ao Criador de todas as coisas e das criaturas.
Esta criaturinha mágica,que caiu do paraíso para sorrir em nossos espaço é um presente do  Pai que a tudo preside.

Seu nome ,nome de anjo,como não poderia deixar de ser: Luiz Miguel !

Como mais três maravilhosos seres ,tesouros que nos enriqueceram e que transitam no cenário do nosso universo, crescendo,aprendendo, vivendo e encantando.

O riso do anjo loiro ecoa pelos cantos da minha casa.
Ele quer saber tudo,pergunta muito.Treinando a persistência não desiste fácil porque ainda não sabe que os adultos não sabem de tudo também.E como são impacientes porque não sabem.
Mas ele ensina!Ah! Como ensina...

Por exemplo:Como voltar a brincar,como não se pode parar,como sorrir por qualquer motivo:uma bala,uma vassoura que vira cavalinho de pau,um castelo que nasce de rabiscos indefinidos....
E neste faz-de-conta com ele reaprendemos que tudo é possível.Como ele diz: "vamos brincar de faz-de-conta?".

 Assim é fácil andar dentro de casa dirigindo um grande caminhão.Pendurar atividades num varal esticado na imaginação!Cantar no show da Xuxa com um microfone na mão...Mergulhar na praia do tapete!
A gente nem sabia que um cantinho da cozinha ora é uma oficina de consertos que abre na hora  em que ele quer,ora uma estação de trem onde se embarca para muito,muito longe...

Que nas panelas sempre há uma bela refeição que somos forçados a experimentar!
 E a Alegria!  Ela está sempre com ele.Não adianta reclamar,como eu disse, ele insiste nas  grandes lições:
Como estas, só pra dar um exemplo:

Tudo é possível quando se sonha. Tudo existe mesmo que ausente.Tudo brilha e trsiteza é só um faz-de-conta...

 Mas, a Felicidade... Esta não precisa ser um faz-de-conta.Ela existe mesmo!
De verdade! E está nos olhos daquele pequeno anjo loiro, olhos de um azul puríssimo e infinito, sempre risonho!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Sol brinca comigo!

Olha o sol ! Está entrando pela janela..
Refletido no relógio do papai!
Desenha mil estrelas nas paredes, no chão, na porta do armário, no teto do quarto de Nicolás.
Que coisa linda!
Muito quietinho, Nico acompanha com os olhos os giros brilhantes do sol batendo nos metais...
Abre e fecha a pequena mão tentando segurar os fugitivos e luminosos mimos do mais belo astro do céu...
Parecem com aquelas estrelas que só se vêem à noite na rede da varanda...
 De lá para cá ,  no colo da mamãe, Nicolás vai entrevendo,pisca piscando, quase dormindo...
Quase sonhando...
Ahn! Que brilhos tão lindos aqueles lá longe.
Amanhã vou  lá buscar  estrelinhas pra guardar na caixinha de brinquedos...
Ahnn!...que sono!
Na tentativa, aprende que há muitas coisas lindas que  não se pode alcançar!
Há brinquedos que estão lá e não estão.
Como o vento cantando nas folhas, as bolhas de sabão voando e sumindo, a água que escorre por entre os dedos ...
O canto do bem-te-vi escondido na folhagem, a onda que vai e vem e vai e vem...
Quantas coisas brincam de esconde-esconde com a gente.
É preciso brincar com elas também  que só existem para alegrar a vida da gente...
E embora nem tudo se possa alcançar,elas nos fazem sonhar com um mundo sempre,cada vez melhor!
Querida criança que um dia vai encontrar novos e fugidios encantos,novas bolhas de sabão que durarão apenas um segundo,mas que serão parte do brilho cada vez mais intenso do seu olhar!
As bolhas de sabão,as formigas em seu trabalho árduo, carregando folhas maiores que seus pequeninos corpos,a chuva desenhando riachos nas janelas,a amiga Honda,que há muito se foi para o reino dos animais amados,a balança no quintal o carrinho vermelho e o urso dorminhoco--tudo será aparentemente esquecido ,mas vai ficar lá onde ficam guardadas as coisas encantadas do pequeno Nico que veio enriquecer o nosso universo de amor!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lise, a bonequinha de pano

Lise, a bonequinha de pano  apareceu hoje na minha vida. Veio de surpresa.De mansinho.Silenciosa e feliz.
Cabelos cor-de-rosa e vestido verde-limão.Pequenina,surgiu no meio da gurizada como quem nada quer,ou por outra, como quem quer sim , fazer os outros felizes!
Nasceu como um gesto de carinho.
Como quem oferece uma rosa.Estende a mão e  dá  mais, muito mais que a beleza de uma flor.Oferece um sorriso encabulado ,uma obra de criação.
Nos cabelos uma fita da cor do vestido ,cor que lembra a primavera que rola lá fora.
Primavera no coração...
Ontem a gente nem se conhecia e hoje ,somos grandes amigas. Até veio morar na minha casa!
Lise nasceu de repentina amizade.Como só sabem ser as amizades que nascem de um encontro feliz.Nasceu do sonho de uma menina , com mãozinhas de fada.
Sim,porque Jaqueline é uma fada na escola.É, porque as fadas também estudam,têm amiguinhos,e gostam de ler.Elas até se escondem dentro dos livros,mas de quando em quando elas saltam de lá e a gente pensa que são meninas comuns.
Naquela manhã de primavera as horas travessas correram ligeiro demais.A gente tinha tanta coisa pra trocar.Era um troca palavra pra cá,troca palavra pra lá que ninguém viu a hora passar.
E a Lise, quietinha olhando tudo, muito curiosa!
Então ,a visita falou, falou, falou um monte de tão feliz porque estava conhecendo tantas fadas e  pequenos príncipes disfarçados de meninos e meninas. Seriam agora amizades novas, morando nas caixinhas de memória.
Eram tantos olhos brilhando,todos pensando juntos e se conhecendo.
De repente,um conto saiu de um livro, ganhou o palco e virou atração principal.Todos ligaram o ouvido e escutaram uma linda história que a tia de todos contou.
Lise se sentiu em casa.Ela também era uma obra de criação que nasceu das mãos carinhosas de uma fadinha estudante, tal qual o conto que saiu do livro que a tia abriu e soltou.
Mas ,as surpresas não acabaram.Mais personagens ganharam o mundo! 
De dentro de uma linda caixa saltaram  lindos desenhos! Todos muito coloridos!
A mágica virou festa e a festa virou o  amor que ficou  rodopiando no meio da sala.
Cada um pegou um pedacinho do amor e guardou no fundo do coração.
Como o tempo  não espera ninguém ele foi chegando e cutucando todo mundo, travesso como ele só. Estava na hora de partir...
.Mas, ele, o tempo, não sabe que os pedaços de amor que giravam na sala: Lise, a bonequinha de pano,os desenhos coloridos, o conto que caiu do palco esconderam -se do tempo para não ter  que partir e se esconderam no coração das visitas , das fadas professoras, dos príncipes e das fadinhas.
Assim  ,escondidas do tempo, as surpresas  farão lembrar o dia em que a Lise nasceu..