Yedda Goulart
Lá está...
Ereto, alto, esguio
Plantado no chão da
minha terra...
Imóvel sentinela,
Ergue em taça as
palmas
Prece permanente...
Balança os galhos e
canta
Mansamente...
Ao beijo da brisa nas
noites de luar...
Intrépido cálice retorce
os galhos
Ante raios
coruscantes
O branco das nevadas,
o vento uivante...
Geme a palma
enregelada...
Grita, chora, canta, guarda
Esta terra que te viu
nascer!
Espalha pela gralha o
sêmen
De tua raça vegetal
altiva e bela
Ameaçada de sumir da terra
No fio da serra
incandescente
Da ambição não
saciada,
Na queda mil vezes
mil multiplicada
Do teu ser!
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