Hugo Máximo
*Publicado no Boletim “O Balainho”
Neste livro, Hugo Máximo demonstra seu domínio sobre o romance de sus-pense com fortes componentes visuais o que nos faz refletir sobre as possibili-dades de apresentação cinematográfica, o que o transformaria num filme de terror .
A obra transpõe os limites da realidade e nos conduz totalmente a uma dimen-são surreal onde se trava a batalha entre o bem e o mal, entre a fragilidade humana e o poder das trevas.
A trama muito bem urdida mantém o sobressalto até o último capítulo e a lei-tura como que nos faz reféns ao lado dos personagens , solidarizando-nos com eles e sentindo os horrores que enfrentam.
Classificando-o como fábula, o autor nos incita à decodificação de um conteú-do polissêmico , portanto altamente metaforizado.
A Cidade dos Desgraçados- contém ingredientes insólitos e nos coloca frente a frente com nossos limites.
O tema traz à tona a questão da acomodação e do servilismo diante do poder maior e do medo ao mesmo tempo que demonstra a capacidade humana de superação do ceticismo e do medo.
E é esta superação a única forma de salvação. O suspense em que a trama mantém o leitor é digno dos mestres deste estilo.
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